A polícia prendeu na quarta-feira Luis Fernando Camacho, o principal líder da oposição da Bolívia e governador da região de Santa Cruz, em uma ação dramática que pode fomentar tensões políticas e desencadear uma novidade espalhafato social.
O governo do país sul-americano não forneceu detalhes sobre as acusações contra Camacho, cuja região é a mais rica da Bolívia e foco de prisões da oposição.
O ministro do governo, Carlos Eduardo del Castillo, escreveu exclusivamente nas redes sociais: “Informamos ao povo boliviano que a polícia cumpriu um mandado de prisão contra o senhor Luis Fernando Camacho”.
Logo depois a ação, o gabinete do governador de Santa Cruz disse em um transmitido à prensa que Camacho havia sido “seqüestrado durante uma operação policial totalmente irregular e levado para um lugar não divulgado”.
Camacho foi recluso perto de sua vivenda, disse o transmitido de prensa.
Apoiadores tentam bloquear aeroportos
O vídeo da prisão, divulgado nas redes sociais, mostrava Camacho algemado na ourela da estrada ao lado de policiais armados.
Martin Camacho, procurador do governador, disse ao jornal lugar El Deber que seu cliente estava sendo levado à capital, La Silêncio, para responder a perguntas em um processo contra ele.
Um vídeo postado nas redes sociais mostrou dezenas de seus apoiadores chegando a dois aeroportos locais para tentar impedir a transferência do governador, embora não esteja simples se ele ainda estava lá.
Greve liderada contra o governo
O governo lançou vários processos judiciais contra Camacho, incluindo um por convocar uma greve de 36 dias contra o governo vernáculo do presidente Luis Arce em novembro. Ele é criminado de incitação ao ódio, traição e devassidão.
Camacho é o líder da coalizão de oposição Creemos, que significa “Nós acreditamos” em inglês.
Seu papel uma vez que líder da oposição foi consolidado em novembro, quando liderou a greve antigovernamental. A ação exige um recenseamento vernáculo em 2023, o que provavelmente daria a Santa Cruz mais receita tributária e assentos no Congresso, dando-lhe mais influência sobre a formulação de políticas do país.
Camacho também liderou os grandes protestos em 2019 que derrubaram o logo presidente Evo Morales do poder depois eleições que a Organização dos Estados Americanos disse terem sido marcadas por fraude. Morales buscava sua quarta reeleição consecutiva.
Os protestos de 2019 provocaram distúrbios sociais que deixaram 37 mortos e mergulharam a Bolívia na pior crise institucional dos últimos anos.